sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O porquê e o Nada.

- Oi...
- Oi...
- Por quê?
- Por que o que?
- Não sei...
- ...
- Eu queria te bater, bater, esmurrar, te tirar sangue.
- E por quê?
- Não sei, acho que assim aliviaria...
- Não sabia disso, desse seu sentimento.
- E desde quando você entende de sentimento?
- E você, entende?
- Te odeio, muito mesmo.
- Desculpa.
- Pelo o quê?
- Por você me odiar.
- O que você tem que me deixa assim?
- Assim como?
- Enfeitiçada.
- Pare com isso.
- Não gosta de ouvir isso né? Te incomoda.
- Apenas não acredito.
- É claro, você não me leva a sério.
- Como se você me levasse...
- Levo mais do que você imagina.
- O que você quer de mim?
- E você o que quer de mim?
- ...
- Sexo?
- Você não quer?
- Essa não é a questão.
- Qual é a questão?
- A questão é de como eu sou idiota.
- Você não é idiota.
- Não fala o que eu sou ou deixo de ser.
- Calma... Você tá louca.
- Idiota, cretino, maldito.
- ...
- ...
- Vou embora.
- Vai, pra sempre.
- Quer que eu vá mesmo?
- O que você quer que eu responda?
- Nada.
- ...
- Tchau.
- Espera...
- O quê?
- N- Não sei...
- Não chora...
- Não quero que você me veja chorando...
- Vem aqui.
- Seu abraço é... Não, não me beije.
- Porque não?
- Você não sabe me beijar.
- Como assim?
- É isso que você ouviu! Você não sabe me beijar.
- Vai pro inferno...
- Idiota.
- Vadia.
- Te amo.
- Eu não.