domingo, 26 de abril de 2009

GAME OVER

Começamos o jogo.
A regra era: o fingimento.
Na verdade não existiam regras, era uma luta livre emocional.
Ele começou a jogada, muito sorridente, jogou cartas, dados, peças...
Achei que era um blefe, respondi com atrevimento, malícia e bom-humor.
Ele cobriu a aposta, se mostrou experiente na jogatina. Mantive-me durona seguindo o ritmo do jogo.

Mait Point.

No final, os dois perderam.
Tempo, angústias e promessas.
Retirei meu tabuleiro, o pouco que tinha restado.
Ele por sua vez, virou-se para o outro lado, com cartas na manga.
O objetivo do jogo, hoje eu sei, era ver quem magoava mais o outro.
Ele ganhou, creio eu, não sei, nunca reconheci a derrota.
Ainda mantenho a pose de durona, esperando um novo jogador.