quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Amor de livraria.

É sempre difícil pra eu entrar em uma livraria e comprar um livro, sou acostumada a freqüentar biblioteca pública, ou seja, posso pegar qualquer livro que eu quiser e depois devolver, isso me dá liberdade de variar, optar por autores novos e não necessariamente julgar pela capa, já que os livros de lá não são tão conservados assim. Mas quando se trata de uma livraria a coisa muda, principalmente as livrarias grandes, de shopping, aquelas que fazem uma vitrine chamativa colocando os títulos famosos em destaque, fazendo do livro um produto de status e elegância, como se fosse um sapato novo. Adoro cheiro de livro novo, é quase um feromonio que só aumenta a vontade de lê, meu problema é escolher, por que afinal de contas comprando-o ele será meu, para sempre, ou pelo menos por um tempo indeterminado, como posso fazer essa escolha? Como posso escolher apenas um, dentre milhares? Cada um com uma cor, com um conteúdo, os clássicos, os 10 mais lidos do momento, escolho por autor? Qual deles vai enriquecer minha pobre e humilde estante? Olha só o dilema que me coloco, por isso sempre demoro horas na livraria. Não posso errar na escolha, ler, não gostar e depois ter que agüentar olhar para ele toda vez que passar na frente da estante, é demais para mim! Será que eu não faço isso em relação ao amor? Momento analogia com Leticia Stecanella de Oliveira. Pensando bem, faço sim! Comparando os homens com “livros de livraria” (nossa que pleonasmo), são tantos homens por aí, como vou saber qual é o certo? E se eu fizer a escolha errada? Prefiro os homens “biblioteca pública”, posso escolher e ficar por alguns dias, depois devolvo sem reclamações. Posso até não gostar de alguns, mais tudo bem, vão ser devolvidos mesmo, não tenho nenhuma responsabilidade! Até quando vou ficar com esse amor público? Acho que está na hora de privatizar essa biblioteca!

E arrumar uma estante maior.