terça-feira, 19 de agosto de 2008

Prefiro Paulo Coelho.

Adoro ganhar livros de presente. A chance de você acertar em um presente perfeito é me dando um livro, a não ser é claro, se for um livro de auto-ajuda. Foi o que aconteceu, meu pai tentando me animar trouxe um livro, quando vi a embalagem fiquei super feliz, mais a empolgação terminou quando li o titulo "Como passar no vestibular" autor, Lair Ribeiro. Fiquei péssima, pois parecia uma acusação disfarçada de "você não passa no vestibular é uma loser", segunda sensação, TENHO CARA DE QUEM LÊ AUTO-AJUDA? Perdoei, sei que meu pai não é grande conhecedor de livros, tentou se justificar falando "A vendedora falou que esse era um dos mais vendidos", não duvido, quando se trata de livro de auto-ajuda as vendas são grandes, imagine o dinheiro que esses grandes pensadores charlatões não ganham. Exemplo maior é o livro "O Segredo" que está no topo de vendas a meses, depois vem "como os homens poderosos pensam", "seja um líder", "pai pobre, filho rico", esses são alguns nomes, livros que sempre dão à receita de como se tornar bem sucedido e feliz, igual ao autor, claro que ele está bem sucedido e feliz, você está comprando o livro dele, deixando-o cada vez mas rico! Mais os públicos alvos dessas “literaturas” são as mulheres, nessa categoria tem cada titulo melhor que o outro:
- "Homens gostam de mulheres que gostam de si mesmas"
- "O que uma mulher inteligente deve saber"
- "Mulheres corajosas sempre vencem"
- "Solteiras sim, sozinhas nunca".
- "Como viver sem homem”.
Quer viver sem homem? Compre um vibrador, com certeza você sentirá mais prazer do que lendo esses livros. Toda literatura serve de ajuda para quem lê, mas não uma ajuda explicita que se beneficia com a baixa estima dos leitores. Se for para ler auto-ajuda, prefiro ler Paulo Coelho.