domingo, 23 de março de 2008

Monólogo de uma amizade.

- Porque veja bem, tudo tem um significado, tudo mesmo, e não que eu esteja tentando me achar senhora da razão, mais ele tem que enxergar que ele é o errado nessa história. Mais não, claro que ele não vai fazer isso, é orgulhoso demais, o ego dele é maior que o cérebro, pra não dizer que é maior que outra coisa, mais não direi isso, pois você sabe, eu não sou maldosa, uma coisa que eu não sou, é maldosa, eu não!
- É só que às vezes, você pode...
- Quer saber a culpa é toda dele! Dele e daquela mocréia que ele está namorando agora, você viu o cabelo dela? Querida, aquela deve fingir orgasmo, ela tem cara de quem faz isso, eu? Eu nunca fingi, ta eu exagerava às vezes quando estava cansada, nada muito dramático, por que posso ser tudo, menos dramática, ele que ficava fazendo ceninha pra qualquer coisa, tinha ciúmes até da minha sombra, agora quando eu reclamava das vadias que ligavam para ele, eu que era a ciumenta possessiva, eu que estava inventando coisas, posso com isso? Não, não posso, quer saber, esquece, ele que seja feliz com a nova namorada perfeita dele, isso mesmo, agora me diga, to errada Sissa?
- Hum... Quê? Ah, é não, acho que não, quer dizer, pode até...
- Não acredito que você vai dar razão para ele, porque EU...
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