domingo, 17 de fevereiro de 2008

Missão impossivel.

Estava nervoso com as mãos suadas, repassava mentalmente o plano, tinha experiência em missões perigosas, era aviador da força áerea há 5 anos, era arriscado mais já tinha decidido que iria realiza-lo. Deitado na cama esperava o melhor momento para agir, sabia que antes de dormir ela costumava ficar mais carinhosa. Ela entrou no quarto usando uma camisola rosa que antigamente ficava soltinha e charmosa, agora era justa e incomodava só de olhar. Era isso, tinha que falar agora ou nunca, respirou fundo e começou:
- Amorzinho...
- Hum... O que foi?
- Quero te falar uma coisa, mais antes prometa não ficar brava, nem me jogar nada, nem começar a chorar dizendo que sua mãe tinha razão ao meu respeito e...
- Fala de uma vez, você tá me traindo?
- Que é isso Aninha, só tenho olhos pra você, esse é o problema ultimamente você têm ocupado muito a minha visão.
- Como assim?
- Bom... Você não acha que tá um pouco acima do peso?
Pronto, falou, agora ouviria gritos, coisas quebrando, ameaças, acusações, terceira guerra mundial, apocalipse biblíco, amargedon, bombas nucleares...
- É tava achando mesmo que eu precisava perde uns quilinhos.
- Mais só uns, você é linda de qualquer jeito amorzinho.
- O.k vou no banheiro tirar esse creme do rosto, já venho me deitar.
Era isso? Sem nenhuma cena histérica? Respirou tranqüilo pensando que aquela história de "conversa franca no casamento" talvez fosse verdade e não uma lenda urbana, talvez os homens exagerassem, as mulheres sabiam receber críticas, talvez...
- PAULO OTÁVIO, o que é esse sabonete cheio de pêlo? E essa toalha molhada? Já não te falei mil vezes pra estender na varanda, hein? Será que você é surdo? Olha esse espelho todo sujo de pasta de dente, que coisa nojenta...
Mayday, Mayday, abortar o plano, Mayday a missão apresentou erros.
Roger That: comprar uma caixa de chocolate urgentemente.
Câmbio final.